A SAGA DE FRED E RUIVO
Thursday, May 19, 2005
  Comedores Revolution
- Ei, Ruivo, isso aqui está ficando meio parecido com Matrix, não?
- Cale a boca, idiota. Temos que manter o clime de suspense pra que ninguém deixe de ler.
- Ninguém lê.
- A culpa é sua, não dá pra se interessar por sua vida.
- Ah claro, só porque o meu herói de plantão aqui fatia monstros com uma espada que ele tira sabe-se lá de onde, agora acha que tem uma vida interessantíssimo.
- Sim. Por que? Não gostou?
- Nada, tranquilo. Você que é o sociólogo mesmo.
- ...

10 silenciosos minutos depois...

- Estamos aqui parados olhando um pra cara do outro a quanto tempo?
- 10 minutos, não viu a narração?
- Desculpe, achei que ainda estávamos preocupados em manter o realismo da história.
- Desculpe digo eu, Fred. A verdade é que essa odisséia toda está me cansando. Não aguento mais viver em função de manter o realismo desta história. Isso aqui nem mesmo é uma realidade. Não reparou que nada que nos aconteceu até agora faz sentido? Sinto como se fossemos só personagens saidos da cabeça de algum maluco.
- Putz, nem quero pensar no que esse maluco anda tomando. Mas para de pensar nisso,cara. Filosofia nunca nos levou a nada. Ergue essa cabeça e vamos dar um jeito de sair daqui. Vamos superar isso juntos como fazemos desde a infância.
- Não faz nem um ano que eu te conheço.
- É, eu sei. Sempre quis dizer isso mas nunca tive nenhum grande amigo com quem vivesse grandes epopéias.
- Ah para com isso, Fred. Não, para, por favor... Não chora. Argh! Eu odeio isso.

De repente, uma imagem incorpórea aparece para Ruivo e Fred.

- Você voltou? perguntaram os dois ao mesmo tempo. Ruivo empunhando a espada e Fred enxugando as lágrimas.
- Não. Deduzi que ia morrer tragicamente e deixei um holograma programado pra falar com vocês. Sua missão é muito importante. Ouçam com atenção.
 
Comente (isso se essa mídia feroz ainda não acabou com todos os seus neurônios):
Wednesday, May 04, 2005
  CECI N´EST PA UNE PIPE


A lesma gigante começou a se mover lentamente em direção de Ruivo.
Ele tira uma espada samurai de algum lugar (sabe aqueles lances tipo desenho animado? Que aparece um objeto de lugar nenhum?)Foi assim, algo inesplicável (só explicável quando se analisa a mente dos autores dessa obra).
A lesma solta fogo pela boca, o fogo deixa os cabelos de Ruivo Ainda mais vermelhos. Ela grita:
-Pizza, quero mais pizza! Vocês precisam me dar mais pizza!
Se esquivando das labaredas ruivo parte para cima do monstro, cortando seu corpo em pedaços. Sua destreza com a espada é algo espantosa, algo que aprendeu vendo filmes chineses tardes da noite.
-Pizza, quero mais pizza!
Zap, zap, zap, ruivo vai cortando com paciência o corpo da lesma que um dia foi um velho com um cachimbo.
Os pedaços ficam espalhados por todos os lados. Quando só sobra-lhe a cabeça gritando “pizza, pizza”, Ruivo cuidadosamente corta os pedaços e segura um olho em uma das mãos. Olha para dentro do olho cristalino e vê que lá dentro está o cachimbo do velho. Ao ver isso lembra-se imediatamente do quadro de René Magritte, Ceci n´est pas une pipe, um quadro onde tem pintado um cachimbo e o artista escreveu embaixo “isso não é um cachimbo".Algo que vale para essa realidade onde Ruivo e Fred Vivem. “Isso não é uma realidade". Tudo culpa de cortázar, aquele louco que revolucionou toda a estética do romance moderno.
Ruivo com o olho cristalino com o cachimbo dentro como uma daquelas bolas que os caminhoneiros gostam de colocar na marcha do caminhão pensou “que puta vontade de fumar esse cachimbo”.
 
Comente (isso se essa mídia feroz ainda não acabou com todos os seus neurônios):
E-book violento, psicótico, pseudo-intelectual, com referencias a cultura pop, rock n´roll, diálogos truncados e alguns erros de português. Enfim, nada de novo.Quem escreve é El noob e Danielvis, the Pelvs, só não me perguntem quem escreve o que. Curtam o momento.Ah, leiam de cima prá baixo, de acordo com a data.

ARCHIVES
February 2005 / March 2005 / April 2005 / May 2005 / June 2005 / July 2005 / May 2009 /


Powered by Blogger