A SAGA DE FRED E RUIVO
Friday, February 25, 2005
  As vezes até continua...
No capítulo anterior...

- Ruivo, chegou uma mulher aqui com bebida e pizza. É sua mãe?
- Larga de brincadeira. Quem é que inventou de chegar essa hora?
- Não sei, mas é gostosa.
Disse isso e deu de costas para a misteriosa recém-chegada. Esta, sem cerimônia alguma, cumprimentou com um aceno seu anfitrião e sentou-se numa poltrona de frente para os dois jovens.
- Tenho um recado pra vocês.
Iniciou-se assim a entrevista.
- A despeito dos seus modos, o meu chefe demonstra-lhes grande simpatia. Mandou-lhes esse mimo e uma proposta.
- Qual a proposta? respondeu prontamente Ruivo.
- E quem é seu chefe? interrogou Fred fazendo pouco esforço para esconder sua curiosidade.
A loira sorriu para os dois.
- Meu chefe prefere permanecer no anonimato. Vamos a proposta.
- Não é bem assim que a banda vai tocar não, moça. É melhor se identificar e...
- Como eu ia dizendo, prosseguia ela indiferente a Fred (este cada vez mais nervoso), a proposta consiste num serviço bem simples. Nada que vocês não conheçam bem. Só um transporte de carga que...
- Que carga? Voltava fred a interromper.
- Cale-se Fred, deixe-a falar.
Sempre que Ruivo pedia a atenção as pessoas atendiam. Mesmo quando essa atenção não era requerida pra si próprio.
- Obrigado, vocês só terão que levar a carga até uma fazenda nos arredores da cidade. Aqui está um mapa de como se chegar ao local. Meu chefe paga a metade do preço de mercado.
Quando alguém brincava com dinheiro tinha imediatamente a oportunidade de conhecer a fúria de Fred.
- Que tipo de brincadeira é essa?
- Não sejam estúpidos. A viagem é curta, o risco mínimo e ninguém mais dará serviço pra vocês depois do incidente com o carro do barão.
- Foi um acidente. A gente não podia saber que tinha um cana escondido na mala.
- Não é nosso problema. A metade do dinheiro está aqui. Dá até pra pagar uma faxineira pra dar um jeito nesse lixo. O que me dizem?
- Ora, sua vaca...
- Quem você chamou de vaca? Perguntou a loira, tirando uma arma da bolsa num movimento pouco sutil porém muito rápido.
Fred precisou de poucos segundos para, num movimento ainda mais rápido, tomar-lhe a arma.
- Sai daqui, vadia. Não fala mais nada. Estou avisando!
Ruivo parecia assistir um diálogo de apaixonados, visto a sua tranquilidade. Acendeu um cigarro.
- Você sabe com quem está falando? meu chefe vai....
O sangue da mulher escorria por toda a poltrona, foram seis tiros cujo barulho o silenciador não deixou se fazer ouvido.
- E agora, Miss Simpatia? Continuamos sem dinheiro por sua causa. E ainda temos que nos livrar desse corpo.
- Temos metade do dinheiro que ela ia pagar pra gente.
Disse isso e cuspiu em cima do cadáver quente.
- Deixa eu ir me lavar, o sangue dessa vadia fede.
- É. Temos dinheiro. E o que você vai dizer quando o chefe dela mandar alguém nos visitar novamente?
 
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Tuesday, February 22, 2005
  Tudo começa mas nem sempre tem meio ou fim.
Era meia noite. Nem precisava olhar no relógio porque ele sempre acordava a meia noite. Nem um minuto a mais, nem um minuto a menos. Costumava dizer nunca se atrasar.
Abriu a carteira pra ver quantos cigarros ainda sobravam. Não muitos, resmungou abrindo uma cerveja, esta imediatamente amaldiçoada por estar quente.
Meia noite e cinco. O habitual “toc toc” da meia noite e cinco minutos.
- Ruivo, abre a porta. Trouxe cerveja e cigarro.
Levanta-se pra abrir a porta, o amigo entra. O som do lacre da cerveja podia ser escutado por um surdo, tal o silêncio entre os dois amigos.
- Tenho que falar sério com você.
- Não vou te emprestar mais dinheiro.
- Ouça o que tenho a dizer. Dessa vez é importante.
- Fale a verdade, você só quer comprar drogas.
- Olha, tenho negócios, uma oportunidade da China. Só preciso de um “cash” inicial. Além disso, vou te pagar com juros e tudo mais.
- Não adianta. Não tenho dinheiro.
- Ah, vá pro inferno. Pra que você serve então?
- Além de te emprestar dinheiro, sirvo pra emprestar discos que você também não devolve. Por falar nisso, onde anda o Surfer Rosa?
- Ah... foi bom você ter tocado nesse assunto. Tava devendo a uns caras “barra pesada”. Eles foram lá e quebraram a casa toda.
Novo silêncio. Ruivo estava visivelmente furioso mas nada parecia abalado na relação dos dois. De repente sorriu. Gostou de pensar que já estava acostumado.
- Tá certo, tenho um aqui. Tá afim?
- Demorô!
- Tá bom, pelo menos vai mudar o cd. Já to de saco cheio de Yes. Fred, você não disse que ia sair com sua namorada nova hoje?
“Ding Dong” soou a cigarra e Fred rumou em direção a porta tendo em mãos o disco do Clash que ia por pra tocar. Abre a porta. Uma mulher esperava com uma garrafa de uísque e uma caixa de pizza em mãos.
- A pizza chegou, gatinho.
- Ruivo, chegou uma mulher aqui com bebida e pizza. É sua mãe?


Ao som de David Bowie – Modern Love
 
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E-book violento, psicótico, pseudo-intelectual, com referencias a cultura pop, rock n´roll, diálogos truncados e alguns erros de português. Enfim, nada de novo.Quem escreve é El noob e Danielvis, the Pelvs, só não me perguntem quem escreve o que. Curtam o momento.Ah, leiam de cima prá baixo, de acordo com a data.

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