O RETORNO A PUTA QUE PARIU
Então o holograma abriu um portal (fudeu, agora vou esculhambar mesmo), Ruivo e Fred passaram por este e saíram na porta do armário de Ruivo.
- Puxa, nunca pensei que ia gostar tanto de ver o seu apartamento, Ruivo,
- Você quase não sai daqui, desgraçado.
...
- Estive pensando cara...
- Lá vem merda.
- É o seguinte, como vamos chegar nesse tal vale das violetas?
- Fácil, já to dando um jeito.
- Sentado na frente do pc?
- Sim, vou pedir informação no mirc.
...
- Consegui, Fred, vamos lá.
- Ei, cara. Não vai mais raciocinar sobre nada não? Vamos arriscar nossas genitálias por um vinil de Tim Maia? Que babaquice é essa? Por que não desistimos agora que estamos de volta ao seu apartamento?
- Porque eu deixei minha palavra.
- Ah, agora quer deixar os testiculos...
- Cale-se, Fred. Vamos.
- Olha meu amigo, esta odisséia, epopéia, prosopopéia, vanderleia ou seja lá o que for está me cansando. Não vou andar pra lugar algum.
- Fique tranquilo. Já chamei um taxi, vamos.
Os heróis de Lá Ele ("nossos heróis" tá defasado) entram no taxi.
- Puta que Pariu, por favor.
- Não era vale das violetas?
- Vale das violetas fica nesse prédio pra onde a gente tá indo.
- Um vale dentro de um prédio?
- Você vai entender. Aproveite a viagem.
O taxi para do outro lado da rua. Eles descem.
- Caralho, como você aceitou pagar 60 reais pra atravessar a rua?
- Pow, primeiro que eu não sabia que esta merda ficava na frente da minha casa. Segundo que tô pondo tudo na conta de Danielvis, já que foi ele que inventou essa viagem.
- Ok, o lugar é este? Sim.
Ruivo e Fred entram na maior loja de discos que eles jamais imaginaram existir no Bairro das Lisérgicas.
- Putz, isso aqui é fantástico. Olha um exemplar do Marque Moon. Quanto custa isso, cara?
- 90 reais.
- Porra, cara. Num vinil? Vai a merda.
- Posso fazer nada, venho de um planeta onde as pessoas podem pagar pelos discos qualquer quantia que as gravadoras pedirem.
- Pow, do caralho. E, reparando bem, agora que percebi que você é parecido com aquele ET que beija a Ellen Roche no comercial da Skol.
- Eu sou aquele ET. ¬¬
- Pow, mó legal, aí. Dá um autógrafo?
- Claro.
- Foi legal beijar aquela gostosa, assume.
- Pow, claro. Foda foi gravar tendo que escutar Mariah Carey.
Todos dão uma risada forçada estilo final de Thundercats.
- Pow, cara mó legal, Ruivo. E aí, vamos no vale?
- Sim, fica no menos décimo andar.
- Menos décimo?
- Não discuta. É mais uma excentricidade dos criadores disso.
Eles pegam o elevador que os deixa no menos oitavo andar.
- Ruivo, essa bosta não desce mais. E aqui não tem nada além de duas pás. Não me diga que vamos ter que cavar.
- Biduzão...
Eles cavam um túnel enorme... O esforço dura apenas 2 horas mas dá tempo pras barbas de ambos crescerem. Quando Fred já estava injuriado de tanto cavar, ele olha pra Ruivo e diz:
- Desgraça, estou injuriado de tanto cavar.
....
Ruivo se vê obrigado a cavar em meio a uma crise de risos. Pouco depois eles encontram uma porta. Fred a põe abaixo com um pontapé.
- Por que fez isso?
- Sempre tiver vontade. Só você que pode, fortão?
- Tá ok. Mas aqui não é lugar pra estrelismos. Essas mulheres são perigosas e o lugar é barra pesada.
- Porra, foi mal. Não tinha pensado nisso.
Eles se viram. Um ambiente estranho. Na verdade um bar quase comum, exceto pelo ringue de vale-tudo onde mulheres seminuas lutam. Um japonês conta maços de dinheiro num canto. A garçonete se aproxima dos dois.
- Tem mesa reservada?
- Não. responde Ruivo.
- Tudo bem, não fazemos reservas aqui mesmo haha
- Ok, me traga algo pra beber. E quem é aquele japa ali?
- O coreógrafo de Matrix, contratamos ele pra tornar a luta das meninas mais acrobática. Parece que o público já não apreciava mais as unhadas e puxões de cabelo...
- Algo me diz que vamos ter problemas por aqui, Fred...